Bolsa de colostomia: o que é, para que serve e como cuidar.

Para falar sobre a bolsa de colostomia, é preciso primeiro explicar sobre o procedimento cirúrgico que faz com que ela seja necessária. A colostomia, assim como a ileostomia, é a exteriorização de uma pequena parte do intestino grosso, feita através do abdômen. 

Essa intervenção tem como objetivo garantir que haja um desvio do trânsito intestinal. É geralmente feita quando há obstruções, de caráter permanente ou transitório, do cólon terminal.

As razões para tal são diversas: fístulas, perfurações, lesões extensas na região do reto, neoplasias, polipose adenomatosa familiar, retocolite ulcerativa, entre outras.

Abaixo, falaremos um pouco mais sobre os cuidados a serem tomados pelo paciente e sobre as possíveis complicações da cirurgia. Confira.

Quais são os cuidados que o paciente deve tomar?

O tempo e o tipos de bolsa de colostomia variam de acordo com o quadro clínico do paciente. Assim, existem cuidados que precisam ser tomados por tempo determinado, enquanto outros devem acompanhar o indivíduo por toda a vida.

Abaixo, listamos algumas das recomendações mais frequentes:

  • evitar a ingestão de bebidas ou alimentos que produzam gases, uma vez que isso pode gerar desconforto e atrapalhar o trânsito intestinal;
  • mastigar bem os alimentos para facilitar a digestão;
  • evitar o uso de roupas apertadas, como blusas, calças grossas, cintas modeladoras e similares;
  • evitar atividades físicas que exijam grande esforço;
  • evitar carregar peso para não criar pressão na região do abdômen e provocar acidentes com a bolsa de colostomia;
  • não utilizar substâncias com cheiro forte ou componentes agressivos na região do procedimento, tampouco expô-la ao sol ou à atuação de micro-organismos;
  • consumir bastante água para manter o corpo hidratado e o fluxo intestinal em dia;
  • higienizar o corpo apenas com sabão neutro e água morna, sem esfregar as partes próximas à bolsa e sem utilizar esponjas abrasivas.

A bolsa de colostomia gera problemas?

Todo procedimento cirúrgico invasivo traz consigo alguns riscos, especialmente quando exige a utilização de dispositivos e aparelhos que não costumavam fazer parte do cotidiano do paciente.



Pode-se dizer, no entanto, que boa parte dos problemas não está relacionado à bolsa de colostomia, mas ao procedimento cirúrgico em si.


O local escolhido para a feitura do estoma (inserção abdominal), a qualidade da cirurgia e a altura da colostomia em relação ao abdômen, por exemplo, podem tornar o indivíduo suscetível a alguns problemas.

Pessoas com imunidade baixa, em tratamento para doenças autoimunes, passando por quimioterapia e similares também podem ter mais quadros de alergia ou mesmo rejeição, ainda que em casos raros.

As complicações mais comuns da colostomia são:

  • dificuldade de aderência da bolsa de colostomia à pele do paciente, seja por sobrepeso do indivíduo ou por cirurgia incorreta;
  • infecção ao redor do estoma;
  • hérnia paraestomal, que é um tipo de que se forma junto à parede abdominal onde foi feito o estoma;
  • prolapso do coto intestinal;
  • necrose ou retração do coto cólico;
  • estenose temporária;
  • sangramentos;
  • dermatite.

As circunstâncias citadas acima tendem a ser contornáveis por meio da utilização de medicamentos tópicos, injetáveis ou pela mudança de hábitos do indivíduo afetado.



Apesar dos incômodos mencionados, a bolsa de colostomia ainda é uma excelente aliada em tratamentos múltiplos, sejam eles de curta ou de longa duração, permitindo o restabelecimento e o retorno às atividades cotidianas do paciente.

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