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O Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2019 foi concedido a três cientistas por suas pesquisas sobre como as células detectam oxigênio e reagem à hipóxia - condições em que o oxigênio é baixo nos tecidos. O trabalho fundamental da fisiologia levou a uma melhor compreensão de como são regulados mais de 300 genes no corpo, incluindo o do hormônio eritropoietina (EPO), que controla a produção de glóbulos vermelhos.
A detecção de oxigênio é essencial para muitas doenças e numerosos medicamentos estão sendo desenvolvidos para alterar a resposta desse sistema para tratar de tudo, de câncer a anemia. "As aplicações dessas descobertas já estão começando a afetar o modo como a medicina é praticada", disse Randall Johnson, do Instituto Karolinska, na Suécia, que estuda hipóxia e fazia parte do comitê de seleção de prêmios, em entrevista coletiva em Estocolmo, anunciando os vencedores.
"Como o oxigênio é detectado pelos tecidos e pelos tumores normais é uma descoberta incrivelmente importante, que merece um Prêmio Nobel", diz Amato Giaccia, pesquisador de câncer da Universidade de Oxford. "É um aspecto fundamental da natureza." Muitos dos genes que são ativados quando o oxigênio é escasso também são ativados nas células tumorais, observa ele.
Os três novos ganhadores do Nobel são William Kaelin Jr, do Dana-Farber Cancer Institute, em Boston, Peter Ratcliffe, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e Gregg Semenza, da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore.
Fonte: Science
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