Foto: INCA |
O câncer do colo do útero é o mais frequente dos cânceres que afetam o aparelho ginecológico feminino. Sendo terceiro em frequência na população feminina, perdendo apenas para o câncer de mama e do cólon e reto.
Uma das grandes vantagens em relação a outros tipos de câncer é que o câncer do colo do útero pode ser evitado fazendo-se a prevenção do mesmo.
Se isso é possível porque ainda temos casos de câncer do colo uterino ocorrendo em nosso meio?
A realidade é que muitas mulheres, por desconhecimento da doença ou por outras razões, não fazem a prevenção. A prevenção do câncer do colo uterino pode ser primária ou secundária.
A prevenção primária é feita pela vacinação contra o HPV (Papiloma-vírus Humano) que é o principal fator relacionado ao desenvolvimento do câncer de colo do útero. A vacinação contra o HPV é recomendada (obrigatória em muitos países) em meninas e meninos com idades de 9 a 11 anos e confere ótima imunidade contra os tipos de HPV mais comuns e perigosos. Mulheres com mais idade também podem ser vacinadas porem a imunidade adquirida nestas situações não é tão boa.
A prevenção secundária é feita por métodos que diagnosticam as lesões que antecedem o câncer propriamente dito (as chamadas lesões pré-cancerosas) ou que identificam situações de risco para o desenvolvimento do câncer (infecção por tipos de HPV de alto risco).
Os métodos utilizados na prevenção secundária do câncer do colo do útero hoje em todo o mundo são os exames citopatológico (convencional ou em meio líquido) e o teste do HPV (determinação da presença do vírus por meio de métodos de biologia molecular). As mulheres que apresentam algum tipo de alteração no exame citopatológico são submetidas a investigações complementares (colposcopia e biópsia) para confirmação das lesões e, neste caso, tratamento adequado.
Ambos métodos (citologia ou teste de HPV), embora mostrem resultados muito bons, não conferem proteção total na prevenção do câncer. A associação dos dois métodos é a que melhor protege as mulheres em relação a esta doença e, por esta razão é realizada em alguns programas de prevenção do câncer do colo do útero no mundo.
Um melhor resultado na prevenção do câncer do colo do útero na população feminina depende da sensibilização e educação das mulheres que fazem parte das comunidades para participarem dos programas de prevenção.
A eficácia da prevenção do câncer do colo uterino para cada mulher em particular depende do risco a que ela quer se submeter: risco grande se não fizer nenhum método de prevenção; risco pequeno se optar por um método de prevenção (citopatologia ou teste de HPV) ou risco mínimo ou quase zero se optar pela associação de métodos (citopatologia+ teste de HPV+vacinação). A vacinação contra infecção pelo HPV é uma arma muito importante na prevenção do câncer do colo do útero.
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